Quanta África tem no dia de alguém?

Idade recomendada: +5 anos
Autor: Renata Fernandes
Primeira publicação: 2022
Editora: Ciranda na Escola
Páginas: 32
Qual é a história?
“Quanta África tem no dia de alguém?” é um livro infantil que busca mostrar às crianças como elementos da cultura africana e afro-brasileira estão presentes em vários aspectos do cotidiano. Em vez de apresentar uma história linear com começo, meio e fim tradicionais, a obra desperta a reflexão ao destacar pequenas situações, objetos, tradições e costumes que remetem à herança africana.
Com uma linguagem simples e acessível, o livro incentiva a valorização da identidade afro-brasileira, abordando temas como ancestralidade, diversidade cultural e o reconhecimento dos traços de uma cultura que influencia a música, a culinária, as brincadeiras e diversos outros momentos do dia a dia.
O livro oferece conteúdo significativo para discussões familiares e escolares sobre representatividade, identidade e respeito às diferenças.
Autor
Renata Fernandes é uma escritora brasileira que se dedica à produção de literatura infantil, especialmente com foco na representação de culturas afro-brasileiras. De acordo com as poucas informações disponíveis publicamente, Renata busca promover histórias que contribuam para a formação de leitores mais conscientes e orgulhosos de suas origens. Embora não haja muitos dados biográficos na internet, é possível identificar que sua escrita enfatiza a diversidade, a ancestralidade e a importância de reconhecer e valorizar a presença africana no cotidiano brasileiro.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
☆☆☆☆☆
Não presente.
Linguagem Inadequada
☆☆☆☆☆
Não presente.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★★☆
O livro promove a curiosidade (ao instigar a criança a perceber a “África” em objetos e situações do dia a dia), a empatia (ao valorizar diferentes culturas) e a comunicação (incentivando o diálogo sobre identidade). Embora não sejam apresentadas cenas extensas de convivência entre personagens, a mensagem reforça o respeito e a valorização de diferentes origens culturais.
Valor Educacional
★★★★☆
O livro incentiva o reconhecimento da história e cultura africana no Brasil, o que pode ser visto como um forte valor educacional. A abordagem abre espaço para conversar sobre pluralidade cultural, história e representatividade, sendo um livro adequado para uso em salas de aula ou em casa, no fortalecimento da identidade das crianças negras e conscientização de todas as outras.
Mensagens Positivas
★★★★★
A obra traz uma mensagem de orgulho e valorização da ancestralidade africana, convidando o leitor a enxergar as contribuições dessa cultura no seu cotidiano. A ideia de que a África está presente nas pequenas coisas reforça uma perspectiva positiva sobre a diversidade e a importância de reconhecer raízes culturais.
Modelos Positivos
★★★★☆
Embora não haja um personagem principal que sirva de “modelo de comportamento” na forma tradicional (como um herói), o livro, pela própria proposta, destaca a figura de pessoas que respeitam e celebram as culturas africanas. Esse modelo de respeito e reconhecimento das raízes afro-brasileiras pode servir como exemplo positivo para crianças.
Os pais precisam saber
O ponto central é a valorização cultural. É importante que os pais saibam que a narrativa se constrói em torno de elementos do dia a dia – como culinária, música, traços de linguagem, vestuário etc. – que têm origem na África ou sofrem forte influência africana.
Se a criança estiver em um momento de descobrir a própria identidade ou questionar preconceitos, “Quanta África tem no dia de alguém?” pode ser um excelente ponto de partida para conversar sobre racismo, orgulho étnico e respeito às diferenças.
Para pais que buscam histórias com enredo tradicional, pode haver estranhamento, pois o livro é mais descritivo do que narrativo. Entretanto, justamente esse estilo torna a obra apropriada para debates em família ou em sala de aula sobre representatividade e reconhecimento da história africana no Brasil.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Extensão curta do livro: Alguns leitores acharam o texto muito breve, sentindo falta de um desenvolvimento maior ou de mais exemplos práticos do dia a dia.
Falta de aprofundamento: Há quem considerou que, por ser um livro voltado ao público infantil, poderia ter incluído mais curiosidades ou fatos históricos para dar sustentação à temática.
Comentários Positivos
Valorização da cultura afro-brasileira: Leitores destacam a importância de obras que contemplem a diversidade e ajudem na representatividade para crianças negras.
Estímulo ao diálogo: Pais e educadores elogiam como o livro abre portas para conversas sobre história, identidade e preconceito.
Ilustrações: Várias avaliações positivas comentam as ilustrações e como elas ajudam a criança a se conectar com o tema.
Idade recomendada
Dadas as características do livro – texto curto, linguagem simples, temática de autoconhecimento e valorização cultural –, é adequado para crianças a partir de 5 anos. Mesmo assim, crianças mais velhas, em fase de alfabetização ou primeiros anos de ensino fundamental, também podem aproveitar muito a leitura, principalmente se houver mediação de um adulto para aprofundar os temas propostos.
Converse com seus filhos sobre
- Identidade e ancestralidade: Pergunte à criança se ela conhece suas origens e como isso pode influenciar o dia a dia.
- Pluralidade cultural: Discuta exemplos de como diferentes culturas contribuem para a nossa rotina (música, comida, danças etc.).
- Preconceito e racismo: Se for pertinente, fale sobre a importância de respeitar todas as culturas e etnias, destacando situações atuais em que ainda existe preconceito.
- Autoconfiança: Mostre como compreender a própria história e cultura reforça a autoestima e a confiança da criança em seu lugar no mundo.
- Curiosidade e pesquisa: Estimule-os a identificar, na rotina diária, mais itens ou costumes que podem ter influência africana (por exemplo, pratos típicos, brincadeiras de origem africana, palavras em português que vêm de línguas africanas etc.).
Atividades para explorar
- Caça à influência africana: Convide as crianças a procurarem em casa ou na vizinhança elementos que lembrem a cultura africana (músicas, objetos de decoração, alimentos) e a contarem sobre eles.
- Culinária temática: Preparem juntos uma receita com ingredientes ou modo de preparo que tenha origem africana. É uma forma gostosa e prática de aproximar a criança da cultura.
- Oficina de máscaras ou adornos: Incentive-as a criar máscaras ou adereços inspirados em estampas africanas, explorando cores e padrões.
- Dança e música: Pesquise ritmos africanos com seu filho, experimentem passos de dança ou percussão básica. É uma atividade que une aprendizado cultural e exercício físico.
- Painel de história familiar: Se possível, investiguem a árvore genealógica da família e, caso haja origem africana, representem isso em um painel para celebrar a ancestralidade.