O tupi que você fala

Idade recomendada: +3 anos
Autor: Claudio Fragata
Primeira publicação: 2015
Editora: Globinho
Páginas: 32
Qual é a história?
“O tupi que você fala” explora, de forma leve e divertida, como a língua portuguesa no Brasil foi influenciada pela língua Tupi. A obra apresenta diversas palavras de uso cotidiano que têm origem indígena, convidando o leitor a descobrir curiosidades sobre a história e a cultura do nosso país. Com ilustrações coloridas e exemplos práticos, o livro desperta a curiosidade infantil sobre a etimologia de termos como “abacaxi”, “pipoca” e muitos outros que fazem parte do vocabulário brasileiro.
É um livro de não-ficção voltado ao público infantil, mas que pode agradar também jovens e adultos curiosos sobre as raízes da língua portuguesa falada no Brasil. A narrativa é curta, objetiva e, ao mesmo tempo, muito rica em informações históricas e linguísticas.
Autor
Claudio Fragata é um escritor brasileiro reconhecido por suas obras voltadas ao público infantojuvenil. Formado em Jornalismo, ele se destaca pela habilidade de unir pesquisa histórica e linguagem acessível, criando livros que despertam o interesse das crianças para temas diversos, como cultura, história, natureza e curiosidades do cotidiano. Em “O tupi que você fala”, Fragata combina pesquisa linguística e narrativa lúdica, aproximando os pequenos leitores das origens do português falado no Brasil.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
☆☆☆☆☆
Não presente.
Linguagem Inadequada
☆☆☆☆☆
Não presente.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★☆☆
Embora seja um livro predominantemente informativo, “O tupi que você fala” incentiva a curiosidade (ao mostrar a origem das palavras), a comunicação (ao destacar a importância do intercâmbio cultural) e a empatia com as comunidades indígenas (ao valorizar suas contribuições para a nossa língua). Esses aspectos podem reforçar valores importantes como respeito e valorização das diferenças culturais.
Por ser um texto mais expositivo do que narrativo, não há muitas situações que desenvolvam virtudes de forma explícita; ainda assim, o convite ao conhecimento e ao respeito pela diversidade ganha destaque.
Valor Educacional
★★★★★
O livro é essencialmente educativo, abordando a história e a evolução da língua portuguesa no Brasil e como ela foi influenciada pelo Tupi. Oferece exemplos claros, realçando a importância de reconhecer nossa herança indígena e mostrando como essas influências fazem parte de nossa identidade nacional. Essa característica o torna um recurso valioso para estimular pesquisas e discussões em sala de aula ou em família.
Mensagens Positivas
★★★★☆
A principal mensagem positiva é a valorização da nossa formação multicultural. Ao apresentar curiosidades sobre a língua Tupi, o livro reforça o quanto nossa cultura é plural, demonstrando como diferentes povos contribuíram para o que hoje entendemos como “jeito brasileiro” de falar. Essa percepção ajuda a desenvolver uma postura de respeito e valorização dos povos originários, o que traz um forte tom de conscientização.
Modelos Positivos
★★★☆☆
Por ser um livro de referência cultural, não há personagens centrais heroicos ou exemplos de comportamento típicos de uma narrativa ficcional. Entretanto, o autor se posiciona como um mediador de conhecimento, incentivando o respeito e a curiosidade científica. Esse papel, de certa forma, demonstra que buscar conhecimento e valorizar as nossas raízes é algo positivo e admirável, o que pode inspirar as crianças a pesquisarem mais sobre suas próprias origens.
Os pais precisam saber
O texto se concentra em explicar palavras de origem Tupi, oferecendo um panorama histórico e cultural. Portanto, não há grandes alertas a fazer em relação a comportamentos negativos ou inadequados. O que se destaca é o forte conteúdo educacional, que pode suscitar reflexões sobre a importância de honrarmos e preservarmos as culturas indígenas.
Para alguns pais, talvez seja interessante ressaltar que o livro não aprofunda questões políticas ou históricas de conflitos entre colonizadores e povos nativos. Se houver interesse em discutir esses temas de forma mais ampla, pode ser necessário complementar a leitura com outros materiais. Ainda assim, para o propósito de apresentar a origem de palavras Tupi, o livro cumpre bem o seu papel.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Extensão do livro: Alguns leitores acharam o livro curto, sentindo falta de mais exemplos ou maior profundidade nos assuntos.
Foco excessivamente didático: Há quem esperasse uma narrativa mais ficcional, com personagens e história envolvente, mas encontrou um texto principalmente informativo.
Comentários Positivos
Riqueza cultural: Muitos pais elogiam a forma como o autor apresenta a relação entre a língua portuguesa e o Tupi, valorizando as raízes indígenas no Brasil.
Acessibilidade da linguagem: A escrita leve e clara agrada tanto crianças como adultos, tornando a leitura interessante e educativa.
Utilidade em sala de aula: Professores e educadores destacam o valor pedagógico do livro, usando-o como ferramenta para explicar etimologia e cultura indígena.
Idade recomendada
Com base nos critérios avaliados (ausência de violência, linguagem amigável e alto valor educativo), “O tupi que você fala” é recomendado a partir dos 3 anos para uma leitura acompanhada ou a partir dos 6 anos para uma leitura autônoma – início do Ensino Fundamental – quando a criança já consegue ler com mais autonomia e compreender explicações mais detalhadas sobre palavras e cultura. No entanto, crianças menores também podem aproveitar o livro se a leitura for mediada por um adulto.
Converse com seus filhos sobre
- A presença da cultura indígena no dia a dia: Pergunte quais palavras eles conhecem que possam ter origem indígena, instigando a curiosidade sobre outros termos do vocabulário brasileiro.
- A importância do respeito às diferenças: Debata por que é importante valorizar a pluralidade cultural e a história dos povos originários.
- As línguas que formam o português brasileiro: Explique que não só o Tupi, mas também o africano e outras línguas contribuíram para a nossa maneira de falar.
- Questões de identidade: Mostre como a língua reflete nossa identidade e como podemos aprender mais sobre nós mesmos estudando nosso próprio idioma.
- Relacionar com outras culturas: Incentive-os a comparar palavras de origem indígena com outras de origem europeia, africana ou asiática, compreendendo a riqueza cultural do Brasil.
Atividades para explorar
- Caça-palavras de origem Tupi: Crie um caça-palavras com diversos termos do livro, para que as crianças pratiquem a leitura e identifiquem as palavras.
- Mapa de palavras indígenas: Em um mapa do Brasil, localize regiões onde se falam línguas indígenas e peça às crianças que associem certas palavras às suas origens geográficas.
- Receitas com nomes indígenas: Escolha alimentos cujo nome tenha origem Tupi (por exemplo, “abacaxi”) e prepare uma receita simples com as crianças, explicando o significado original da palavra.
- Pequena pesquisa histórica: Incentive as crianças a pesquisar sobre a vida dos povos Tupi, como viviam, quais eram suas tradições e traga isso para a sala de aula ou para a conversa em família.
- Criação de um minidicionário familiar: Peça aos filhos para listarem todas as palavras que usam no dia a dia e identificar quais têm origem indígena, formando um “minidicionário” em casa.