O Grúfalo

Idade recomendada: +3 anos
Autor: Júlia Donaldson (escritora) Alex Scheffler (ilustrador)
Primeira publicação: 1999
Editora: Brinque-Book
Páginas: 32
Qual é a história?
“O Grúfalo” conta a história de um ratinho muito esperto que passeia pela floresta e encontra diversos predadores – como uma raposa, uma coruja e uma cobra. Para escapar de ser o jantar de cada um deles, o ratinho inventa a figura de um terrível monstro chamado Grúfalo, descrevendo suas características assustadoras. O que ele não esperava é que o Grúfalo realmente existisse! Quando o ratinho finalmente se depara com a criatura, precisa usar ainda mais sua inteligência e criatividade para convencê-lo de que o maior perigo da floresta é o próprio ratinho.
Autor
Júlia Donaldson é uma escritora e dramaturga britânica, reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho na literatura infantil. Autora de diversos livros premiados, ela tem o dom de criar histórias rimadas que prendem a atenção tanto de crianças quanto de adultos. Seu trabalho costuma valorizar temas como imaginação, aventura e exploração, frequentemente protagonizados por animais personificados.
Axel Scheffler, ilustrador alemão radicado no Reino Unido, é conhecido por seu estilo bem-humorado e traços marcantes. Em colaboração com Júlia Donaldson, criou ilustrações que se tornaram ícones de livros infantis contemporâneos. Suas imagens são repletas de cores e expressões fortes, capturando perfeitamente o tom leve e brincalhão das histórias de Donaldson.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
★★☆☆☆
Apesar de tratar de predadores que desejam comer o ratinho e de um monstro que poderia ser considerado assustador, não há cenas gráficas de violência. Há tensão quando o ratinho conversa com a raposa, a cobra e a coruja, pois cada um tem a intenção de capturá-lo.
Citações como “Vem jantar na minha toca” ou ainda a fala do Grúfalo, “O meu prato preferido é ratinho”, podem assustar crianças mais sensíveis, mas o tom geral é mais lúdico que aterrorizante.
Linguagem Inadequada
★☆☆☆☆
Alguns pais podem se incomodar com a “mentira” do ratinho para enganar os predadores.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★★☆
O ratinho demonstra coragem, criatividade, autocontrole e comunicação eficaz. Ele consegue persuadir seus predadores com histórias inventivas, sem recorrer à violência. Exemplos incluem o momento em que convence a raposa de que um monstro terrível o espera para um almoço na floresta.
Valor Educacional
★★★★☆
A narrativa reforça habilidades de resolução de problemas e a ideia de que a inteligência pode superar a força bruta. Além disso, pode ensinar crianças sobre autoestima – o ratinho, pequeno e aparentemente frágil, não se deixa abalar e, com uma postura confiante, foge de todas as armadilhas.
Mensagens Positivas
★★★☆☆
Há uma mensagem de superação ao mostrar que, mesmo diante de circunstâncias desafiadoras, o ratinho encontra saídas criativas. Também promove a ideia de que ser diferente ou ser menor não é sinônimo de fraqueza.
Modelos Positivos
★★★★☆
O ratinho, apesar de “enganar” seus inimigos, o faz para sobreviver, e não há intenção de prejudicar terceiros. Ainda assim, pode ser interessante conversar com as crianças sobre como a mentira é utilizada no livro.
Os pais precisam saber
Para alguns pais, pode haver preocupação com:
- A ideia de “mentira estratégica” do ratinho: ele engana os predadores ao inventar o Grúfalo e, depois, engana o Grúfalo com a ideia de que todos na floresta têm medo do ratinho.
- Possibilidade de causar medo em crianças muito pequenas: a aparência do Grúfalo e a ideia de que os bichos querem comer o ratinho podem ser percebidas como assustadoras.
No entanto, “O Grúfalo” não incentiva a violência nem a mentira mal-intencionada. A história mostra de forma divertida e bem-humorada que a imaginação e a inteligência podem ajudar a contornar situações adversas. Ainda assim, se houver crianças muito sensíveis ao tema de animais predadores ou monstros, os pais podem querer folhear o livro antes de ler com a criança, para avaliar se ela está preparada.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Alguns pais apontam que:
- A figura do Grúfalo pode ser “um pouco assustadora” para crianças menores de 3 anos.
- A ideia de a criança (representada pelo ratinho) “enganar” os outros bichos poderia transmitir uma mensagem dúbia sobre honestidade.
Geralmente, os pais recomendam cautela ou supervisão na leitura, sobretudo se a criança for muito sensível a histórias com predadores ou monstros.
Comentários Positivos
Os elogios aparecem em comentários sobre:
- Diversão e criatividade da narrativa, repleta de rimas e reviravoltas engraçadas.
- Lições sobre inteligência e autoconfiança, que podem incentivar as crianças a valorizar seu próprio potencial mesmo quando se sentem vulneráveis.
- Qualidade das ilustrações, que são marcantes, alegres e auxiliam na compreensão da história.
Muitos pais defendem que esse é um excelente livro para estimular a imaginação dos pequenos e introduzir o conceito de superar desafios com astúcia.
Idade recomendada
Considerando o tema de monstros e predadores, costuma-se indicar o livro para crianças a partir de 3 anos. Já é uma idade em que muitos entendem o tom de fantasia e conseguem separar a realidade da imaginação. Se a criança for muito sensível, é aconselhável que um adulto faça a leitura acompanhada, esclarecendo possíveis dúvidas ou medos.
Converse com seus filhos sobre
- Medo e coragem: Pergunte se eles já sentiram medo de alguma coisa e como lidaram com esse sentimento.
- Criatividade: Fale sobre a estratégia do ratinho. Discuta se houve um exagero ou se foi apenas uma forma de se proteger.
- Honestidade: Questione o que eles acham de o ratinho ter “enganado” o Grúfalo e os predadores. Foi algo certo ou errado?
- Tamanho e força: Reforce que ninguém deve ser subestimado por ser pequeno ou diferente.
- Empatia e respeito: Explore com seus filhos como seria a história se os personagens fossem sinceros e solidários.
Atividades para explorar
- Teatro de Fantoches: Crie fantoches do ratinho, do Grúfalo e dos outros animais (raposa, coruja e cobra). Deixe as crianças encenarem a história ou criarem novas aventuras para o ratinho e o Grúfalo.
- Caça ao Grúfalo: Desenhe pegadas do Grúfalo em folhas de papel e espalhe pela casa ou pátio. As crianças podem seguir as pegadas para encontrar um “tesouro” ou surpresinha relacionada à história.
- Desenhando o Seu Monstro: Peça às crianças que desenhem como imaginam o seu próprio “Grúfalo” ou outro monstro engraçado. Estimule-as a criarem um nome e características (onde mora, o que come, do que tem medo etc.).
- Rimas Divertidas: Para reforçar a musicalidade do texto, proponha que as crianças criem pequenas rimas inspiradas em elementos do livro (animais, floresta, etc.). Pode ser feito em grupo, incentivando cada um a completar a frase rimada do outro.
- Jogo de Emoções: Durante a leitura, peça que a criança identifique como cada personagem pode estar se sentindo (medo, susto, alívio, confiança). Depois, incentive-a a imitar as expressões faciais de cada emoção e falar sobre situações em que ela também sentiu algo parecido.
- Confecção de máscaras: Usar papel, cola, tinta e elásticos para criar as máscaras dos personagens pode estimular a criatividade e a interação.