O filho do Grúfalo

Idade recomendada: +4 anos
Autor: Júlia Donaldson (escritora) Alex Scheffler (ilustrador)
Primeira publicação: 2004
Editora: Brinque-Book
Páginas: 32
Qual é a história?
“O Filho do Grúfalo” é a continuação da história de “O Grúfalo”. Nesta nova aventura, o Grúfalo avisa seu filho para ter cuidado com o Terrível Rato Grande que vive na floresta. Intrigada e cheia de curiosidade, o filho do Grúfalo decide desbravar o bosque durante a noite para conhecer esse suposto rato assustador.
Ao longo do percurso, ele encontra outros animais e vive momentos de apreensão e descoberta, que culminam em um desfecho repleto de sagacidade e humor – características típicas dos textos de Julia Donaldson.
Autor
Júlia Donaldson é uma escritora e dramaturga britânica, reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho na literatura infantil. Autora de diversos livros premiados, ela tem o dom de criar histórias rimadas que prendem a atenção tanto de crianças quanto de adultos. Seu trabalho costuma valorizar temas como imaginação, aventura e exploração, frequentemente protagonizados por animais personificados.
Axel Scheffler, ilustrador alemão radicado no Reino Unido, é conhecido por seu estilo bem-humorado e traços marcantes. Em colaboração com Júlia Donaldson, criou ilustrações que se tornaram ícones de livros infantis contemporâneos. Suas imagens são repletas de cores e expressões fortes, capturando perfeitamente o tom leve e brincalhão das histórias de Donaldson.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
★★☆☆☆
O maior “temor” da história gira em torno do Terrível Rato Grande, mas toda a narrativa é construída com humor e fantasia. Há uma atmosfera de suspense infantil no passeio noturno do filho do Grúfalo, porém não há cenas violentas detalhadas.
Linguagem Inadequada
☆☆☆☆☆
Não presente.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★★☆
Curiosidade: O filho do Grúfalo é movido pela vontade de descobrir a verdade sobre o Terrível Rato Grande.
Coragem: Mesmo com as advertências, ela não se deixa intimidar e segue em frente.
Valor Educacional
★★★☆☆
A história pode ser usada para falar sobre prudência, pois o Grúfalo aconselha seu filho a não sair sozinho na floresta. Também ensina a importância de questionar histórias ou boatos antes de acreditar cegamente neles.
Mensagens Positivas
★★★★☆
A astúcia do pequeno Rato e a coragem do filho do Grúfalo mostram que, mesmo sendo pequenos, podemos enfrentar nossos medos de forma criativa. Promove a ideia de que nem tudo é o que parece, incentivando a criança a olhar além das aparências.
Modelos Positivos
★★★★☆
O Rato, embora não seja exatamente um “herói tradicional”, demonstra inteligência para lidar com a situação.
O Grúfalo, como pai, tenta proteger o filho, mostrando afeto e cuidado. Apesar de a história se concentrar mais no filho, a figura do pai protetor está presente.
Os pais precisam saber
No enredo, o maior ponto de atenção é a temática do medo. O Grúfalo avisa que existe um “Terrível Rato Grande” e isso desperta a curiosidade da criança em desafiar esse temor. Pais com filhos sensíveis a elementos de suspense, mesmo que leves, podem querer conversar antecipadamente sobre o assunto.
Há, sim, uma “mentira” por parte do Rato para se defender (ele se faz parecer muito mais assustador do que é), mas isso é retratado de forma cômica e serve de gatilho para o aprendizado sobre “nem tudo é como imaginamos”.
Ainda, pode ser discutida a desobediência do filho do Grúfalo em relação ao pai.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Há quem mencione que o livro pode ser “intenso” para crianças muito pequenas por conta da atmosfera noturna e do possível medo que o filho do Grúfalo sente, além da forma como o Rato engana os outros personagens.
Alguns pais consideraram a história “pouco educativa” pelo fato de o Rato usar astúcia e truques para se livrar de predadores.
Comentários Positivos
A grande maioria das avaliações exalta o enredo criativo, a bela ilustração de Axel Scheffler e o ritmo rimado tão característico de Julia Donaldson. As ilustrações chamativas e o formato em rima tornam a leitura divertida e envolvente.
Muitos pais elogiam a maneira como a história ensina as crianças a não se deixarem intimidar pelo medo e a usarem a inteligência para resolver situações.
Idade recomendada
Com base na atmosfera levemente sombria (mas bem-humorada) e na necessidade de entender a ironia da história, recomendamos a leitura para crianças a partir de 4 anos. Crianças nessa faixa etária já conseguem compreender melhor a fantasia, lidar com uma dose leve de suspense e se divertir com a rima e ilustrações.
Converse com seus filhos sobre
- A importância de ouvir conselhos dos pais: Por que o Grúfalo alertou o filho e como podemos aprender com essa atitude?
- Coragem x imprudência: Explorar a diferença entre ter coragem e agir sem pensar.
- Interpretando medos: O que faz com que algo pareça assustador? Como a imaginação pode tanto nos ajudar quanto nos enganar?
- Usar a inteligência para resolver problemas: O Rato usa a astúcia para se proteger. Em que momentos é válido sermos “espertos”?
- Aparências enganam: Discuta como o “Terrível Rato Grande” é retratado e o que isso nos ensina sobre fazer julgamentos precipitados.
Atividades para explorar
- Teatrinho de fantoches: Crie personagens com papéis ou meias e faça uma encenação da história.
- Oficina de desenho e colagem: Peça para as crianças desenharem o “Terrível Rato Grande” ou o Grúfalo, e depois recortarem e colarem materiais diferentes (botões, folhas, tecidos) para ilustrar o monstro.
- Desbravando a floresta: Em um parque ou quintal, faça uma trilha guiada. Estimule as crianças a procurarem pistas (pegadas de animais, folhas diferentes), despertando a curiosidade sobre a natureza.
- História alternativa: Convide a criança a imaginar outro final para a história: e se o Rato não fosse tão esperto? E se o filho do Grúfalo tivesse encontrado outro animal primeiro?