Guilherme Augusto Araujo Fernandes

Idade recomendada: +3 anos
Autor: Mem Fox
Primeira publicação: 1984
Editora: Brinque-Book
Páginas: 32
Qual é a história?
“Guilherme Augusto Araujo Fernandes” conta a história de um menino que mora ao lado de um asilo de idosos e é muito amigo das pessoas que vivem lá, em especial da Dona Antônia. Um dia, Guilherme Augusto descobre que ela perdeu a memória e decide ajudá-la a recuperá-la. Para isso, ele conversa com os outros idosos a fim de entender o que é “memória” e coleta objetos significativos para devolver lembranças à amiga.
A narrativa é delicada, com ilustrações suaves e belas, mostrando o valor dos laços afetivos entre as gerações e a importância de pequenos gestos de carinho.
Autor
Mem Fox é uma escritora australiana renomada por suas obras infantis que costumam trazer temas de afeto, empatia e inclusão. Ela nasceu em 1946, na Austrália, passou parte da infância na África (Rodésia, atual Zimbábue) e mais tarde retornou ao seu país natal. Além de escritora, Mem Fox também é educadora e defende a importância da leitura para o desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças. Sua escrita se caracteriza pela delicadeza e profundidade, sempre buscando envolver o leitor em narrativas que ensinam valores humanistas.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
☆☆☆☆☆
Não presente.
Linguagem Inadequada
☆☆☆☆☆
Não presente.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★★★
O livro destaca fortemente valores como empatia, compaixão, coragem (na forma de iniciativa de Guilherme Augusto) e curiosidade. Em uma passagem, quando Guilherme Augusto percebe a tristeza da Dona Antônia por não se lembrar de suas memórias, ele sente empatia e decide procurar uma solução, perguntando aos outros idosos o que significava “memória” para eles.
Valor Educacional
★★★★★
O incentivo ao respeito aos mais velhos e a valorização das histórias de vida estão presentes o tempo todo. Guilherme conversa com vários idosos, aprende sobre suas histórias e desenvolve um olhar de admiração pela sabedoria que cada um carrega.
Mensagens Positivas
★★★★★
Uma das mensagens centrais do livro é a importância de cuidar de quem amamos e preservar as memórias que nos definem. Em determinada cena, Guilherme Augusto encontra objetos que representam lembranças (como uma concha, uma marionete e uma borboleta de papel) e os entrega à Dona Antônia, mostrando que pequenos itens podem conter grandes histórias.
Modelos Positivos
★★★★★
Tanto Guilherme Augusto quanto os idosos do asilo apresentam-se como modelos de bondade, paciência e solidariedade. É marcante a forma como todos se apoiam para entender e valorizar memórias, demonstrando o quanto cada indivíduo pode contribuir para o bem-estar do outro.
Os pais precisam saber
O tema principal é o respeito pelos mais velhos e o valor das memórias. Contudo, pais e responsáveis podem querer preparar as crianças para conversas sobre perda de memória e demência, pois embora o tema seja tratado de maneira leve, pode levantar perguntas sobre envelhecimento, a finitude e a saúde mental dos idosos.
A obra ensina, implicitamente, que todos nós podemos ser agentes de conforto e esperança na vida de alguém, especialmente de pessoas mais velhas.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Simplicidade da história: Para alguns leitores, o enredo é simples demais e pode parecer “rápido” ou “incompleto”.
Ilustrações: Há quem mencione que, comparadas a outros livros ilustrados, as ilustrações são minimalistas e não tão “vibrantes”, o que pode não agradar todas as crianças.
Comentários Positivos
Sensibilidade do tema: Muitos pais e professores elogiam a forma delicada como o livro aborda a perda de memória e a relação com os idosos.
Linguagem acessível: Diversos leitores apreciam a narrativa simples e doce, que facilita a compreensão das crianças e favorece a reflexão em família ou em sala de aula.
Envolvimento emocional: Vários relatos afirmam que tanto crianças quanto adultos são tocados pela história, chegando a se emocionar durante a leitura.
Idade recomendada
Considerando o vocabulário acessível, a temática de empatia e a ausência de qualquer conteúdo inadequado, recomendamos o livro para crianças a partir de 3 anos. Ainda assim, a leitura pode ser muito proveitosa para crianças mais velhas, pois abre espaço para discussões sobre envelhecimento, família e cuidado com o outro.
Converse com seus filhos sobre
- O valor das memórias: Pergunte às crianças quais são as lembranças mais queridas delas e por que são importantes.
- Relação com os avós ou idosos: Instigue uma conversa sobre o que podemos aprender ouvindo histórias de pessoas mais velhas.
- Empatia e solidariedade: Discuta por que Guilherme Augusto quis ajudar a Dona Antônia e como as crianças podem demonstrar cuidado e atenção com quem precisa.
- Envelhecimento: Caso surjam dúvidas, explique, de maneira simples e reconfortante, que o envelhecimento faz parte da vida e pode trazer desafios como a perda de memória.
Atividades para explorar
- Caixa de Memórias: Incentive a criança a montar sua própria “caixa de lembranças” com objetos significativos (fotos, pedrinhas, conchas, desenhos) e conte as histórias por trás de cada item.
- Entrevista com os avós ou idosos: Proponha que a criança faça perguntas sobre a infância dos avós ou de idosos próximos, registrando as respostas em um caderno ou gravando áudios.
- Desenhos sobre o que é memória: Depois da leitura, peça para a criança ilustrar o que ela entendeu por “memória” ou desenhar cenas que mais gostou do livro.
- Pequeno teatro: As crianças podem representar a história encenando os personagens, recriando a cena em que Guilherme Augusto conversa com os idosos para descobrir o que é memória.