A parte que falta

Idade recomendada: +5 anos
Autor: Shel Silverstein
Primeira publicação: 1976
Editora: Companhia das Letrinhas
Páginas: 112
Qual é a história?
“A Parte que Falta” (título original em inglês: The Missing Piece) é uma obra infantil escrita e ilustrada por Shel Silverstein, publicada originalmente em 1976. O livro narra a jornada de um círculo incompleto que sai em busca da sua “parte que falta” para se sentir completo. Pelo caminho, ele encontra diferentes “partes”, mas cada uma delas apresenta alguma incompatibilidade ou leva a reflexões sobre o que é, de fato, estar inteiro.
Com ilustrações simples e uma linguagem poética, o livro aborda questões como autoconhecimento, independência, amadurecimento e a busca pela felicidade.
Autor
Shel Silverstein (1930–1999) foi um poeta, cartunista, músico e escritor norte-americano que se destacou por sua criatividade versátil e estilo peculiar. Autor de diversas obras para crianças, Silverstein é reconhecido pelas ilustrações simples e pelo texto que, ao mesmo tempo, diverte e convida à reflexão. Seu trabalho é caracterizado por um humor afetuoso e uma sensibilidade que costuma tocar leitores de todas as idades.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
☆☆☆☆☆
Não presente.
Linguagem Inadequada
☆☆☆☆☆
Não presente.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★★★
O livro ressalta valores como curiosidade, autoconhecimento, perseverança e coragem. O protagonista aprende, ao longo do caminho, sobre a importância de experimentar, reconhecer suas necessidades e aceitar a si mesmo.
Quando encontra uma “parte” que não se encaixa, o círculo segue tentando e aprendendo sobre suas próprias limitações.
Valor Educacional
★★★★☆
Embora a linguagem seja simples, há muito conteúdo reflexivo que pode ser trabalhado em sala de aula ou em casa, estimulando discussões sobre identidade, autoestima e convivência.
“E se, ao encontrar a parte que falta, eu deixar de cantar pelo caminho?” – essa inquietação incentiva a criança (e o leitor em geral) a questionar o que realmente traz felicidade.
Mensagens Positivas
★★★★★
A narrativa reforça a importância da busca pessoal e da autoaceitação. Mostra como a felicidade não depende apenas de encontrar algo ou alguém, mas também da jornada e do crescimento individual.
A cena em que o círculo finalmente se percebe bem em sua própria forma — mesmo ainda “incompleto” — convida à reflexão sobre estar satisfeito consigo mesmo.
Modelos Positivos
★★★★★
O próprio círculo, mesmo sendo um personagem inusitado, atua como um modelo de resiliência e otimismo. Ele demonstra como aprender com os erros, seguir em frente e não desistir de si mesmo.
O protagonista volta a rolar pelo caminho mesmo depois de muitas tentativas frustradas, evidenciando perseverança.
Os pais precisam saber
Os pais devem saber que este livro, apesar de extremamente terno, pode gerar discussões sobre o comportamento do menino, quApesar de ser um livro delicado, “A Parte que Falta” pode suscitar questionamentos profundos sobre a vida e a felicidade. Para alguns leitores mais jovens, a ideia de “buscar algo que está faltando” pode ser interpretada de maneira literal. No entanto, a história não apresenta problemas de cunho moral como mentiras, enganações ou roubos.
Não há violência ou temas polêmicos, mas os pais podem sentir necessidade de contextualizar a mensagem, principalmente quando as crianças questionarem o motivo de o personagem não estar satisfeito sozinho.
Pontos de atenção:
- Podem surgir dúvidas sobre por que o círculo “não é feliz” desde o início.
- É importante explicar que o livro é uma metáfora sobre descoberta pessoal, autoestima e autonomia.
- Os pais podem sentir necessidade de contextualizar a mensagem, principalmente quando as crianças questionarem o motivo de o personagem não estar satisfeito sozinho.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Abordagem abstrata: Para crianças muito pequenas, a mensagem pode parecer confusa ou abstrata demais, pois a metáfora de “faltar algo” requer certa maturidade.
Ilustrações simples em excesso: Alguns esperavam um livro infantil mais colorido e com ilustrações mais elaboradas, sentindo que a arte minimalista não cativou seus filhos.
Comentários Positivos
Profundidade da mensagem: Leitores elogiam a forma como o livro aborda a busca pela felicidade e o autoconhecimento, sendo capaz de encantar tanto crianças quanto adultos.
Estímulo ao diálogo: Muitos pais relatam conversas significativas com os filhos sobre identidade e satisfação pessoal depois da leitura.
Versatilidade etária: Apesar de ser vendido como infantil, muitos adultos também se sentem tocados pela metáfora e enxergam na obra uma lição de vida.
Idade recomendada
Com base no vocabulário simples e na temática metafórica, recomenda-se a leitura para crianças a partir de 5 anos de idade. No entanto, a mensagem pode ser plenamente apreciada por crianças mais velhas (8-10 anos) e até adultos, que vão captar melhor as reflexões sobre identidade e busca pessoal.
Converse com seus filhos sobre
- O que significa “faltar algo” na vida? Discutir se essa falta é física ou emocional.
- A busca pela felicidade: Será que precisamos mesmo de algo externo para sermos felizes?
- Aceitação e autoestima: Pergunte como eles se sentem em relação a suas próprias qualidades e defeitos.
- Perseverança: Vale a pena continuar tentando, mesmo que algumas partes não se encaixem na primeira vez?
Atividades para explorar
- Criação de personagens: Desenhar ou recortar formas geométricas que representem “partes faltantes” e conversar sobre como elas poderiam se encaixar ou não.
- Peça de teatro: Montar uma pequena encenação em que cada criança seja uma “parte” tentando se encaixar no círculo, debatendo sentimentos de aceitação e rejeição.
- História alternativa: Escrever (ou narrar) uma versão diferente de “A Parte que Falta”, em que o círculo encontra novas aventuras ou que a parte que falta tem personalidade própria.
- Diário de autoconhecimento: Para crianças alfabetizadas, incentivar a escrever ou desenhar sobre momentos em que se sentem “incompletas” e o que as ajuda a se sentir melhor.