A história dos dois ratinhos travessos

Idade recomendada: +4 anos
Autor: Beatrix Potter
Primeira publicação: 1904
Editora: Edições Barbatana
Páginas: 64
Qual é a história?
“A história dos dois ratinhos travessos”, escrita por Beatrix Potter, gira em torno de dois ratinhos chamados Tim Mindinho e Unca Munca. Eles invadem a casa de brinquedo de uma boneca, atraídos pela refeição aparentemente deliciosa que enxergam ali. No entanto, ao descobrirem que tudo é falso – desde a comida até alguns utensílios –, acabam ficando frustrados e começam a quebrar e bagunçar os objetos do ambiente. Posteriormente, ao perceberem o erro, tentam se redimir de alguma forma. O enredo traz, de forma leve e divertida, questões sobre curiosidade, responsabilidade e consequências das próprias ações.
Autor
Beatrix Potter (1866–1943) foi uma escritora, ilustradora e naturalista inglesa. É conhecida mundialmente por seus livros infantis, especialmente as histórias de pequenos animais que falam e usam roupas humanas, como “Pedro Coelho”. Além de escrever, Beatrix foi pioneira na conservação da natureza na região de Lake District, na Inglaterra. Seu amor pelos animais e pela vida rural se reflete de forma marcante em suas ilustrações e na ternura de suas histórias, que inspiram crianças e adultos até hoje.
Curadoria
Conteúdos Negativos
Violência e Medo
★☆☆☆☆
Embora os ratinhos quebrem e baguncem objetos da casa de bonecas, a história não apresenta cenas violentas de fato, nem situações realmente assustadoras. O nível de conflito se limita às travessuras dos personagens: eles “destroem” a louça de brinquedo, fazem bagunça e chegam a tentar comer a comida falsa. Tudo é descrito de forma breve e leve, sem gerar grande tensão ou medo.
Linguagem Inadequada
☆☆☆☆☆
O livro utiliza termos como “travessos” ou “maus” para descrever o comportamento dos ratinhos (na versão original em inglês, “bad mice”), mas não há ofensas graves. É importante notar que, para algumas famílias, a palavra “mau” pode soar repreensiva, mas não se trata de uma linguagem pesada ou vulgar.
Sexo, Romance e Nudez
☆☆☆☆☆
Não presente.
Bebida, Droga e Cigarro
☆☆☆☆☆
Não presente.
Conteúdos Positivos
Pontos de Caráter
★★★☆☆
Curiosidade (quando os ratinhos investigam a casinha), honestidade (ao final, quando reconhecem o erro e tentam reparar) e compaixão (por exemplo, eles sentem certo remorso ao perceberem que causaram danos).
Apesar de não ser o tema central, esses elementos aparecem de forma discreta no enredo e podem ser explorados pelos pais durante a leitura.
Valor Educacional
★★★☆☆
Há a noção de responsabilidade pelos próprios atos, pois os ratinhos, ao destruírem e bagunçarem objetos que não são deles, mais tarde sentem necessidade de consertar ou compensar o estrago.
Mensagens Positivas
★★★★☆
Embora mostre as travessuras dos ratinhos, a mensagem final traz uma lição de arrependimento e reparação. Essa atitude ajuda as crianças a entender que mesmo erros pequenos podem ser corrigidos com ações positivas e empatia.
Modelos Positivos
★★★☆☆
Tim Mindinho Thumb e Unca Munca não são exemplos de bom comportamento no início, mas o enredo mostra que eles aprendem com os erros.
Alguns leitores interpretam esse aprendizado como um modelo de crescimento. No entanto, não há um “personagem mentor” ou claramente exemplar, então a força do modelo positivo se concentra na reflexão sobre a conduta dos próprios ratinhos.
Os pais precisam saber
Os pais devem estar atentos principalmente ao fato de que a história gira em torno de travessuras e danos à propriedade alheia (a casa de bonecas e seus acessórios). Embora seja uma narrativa leve e bem-humorada, pode ser interessante conversar com as crianças sobre questões morais, como respeito ao que não é seu, a importância de pedir permissão e a necessidade de se desculpar ou reparar danos. Não há temas pesados como violência explícita ou grandes conflitos morais, mas a obra pode servir como ponto de partida para discutir honestidade, responsabilidade e as consequências de atos impulsivos.
Os pais estão dizendo
Comentários Negativos
Algumas pessoas mencionaram que a história, por mostrar os ratinhos quebrando e bagunçando objetos, pode inspirar travessuras semelhantes em crianças mais novas, que ainda não entendem bem o limite entre imaginação e realidade.
Outros comentários negativos apontam que a linguagem pode parecer um pouco datada e que os temas podem soar simplistas para o público infantil de hoje.
Comentários Positivos
A maioria dos pais elogia as ilustrações e o charme do texto de Beatrix Potter, ressaltando a forma delicada como os temas são abordados. Muitos apreciam a lição de moral ao final, em que os ratinhos sentem remorso e tentam compensar os danos. Além disso, a atmosfera de fantasia e a delicadeza do cenário de casa de bonecas despertam a imaginação das crianças, tornando-o um livro atemporal.
Idade recomendada
Com base nos temas abordados e na forma como são tratados, é provável que crianças a partir de 4 anos já possam se interessar pela história e pelas ilustrações. Contudo, para que entendam a lição sobre responsabilidade, a faixa etária de 6 a 8 anos pode se beneficiar ainda mais, pois já conseguem discutir com mais clareza as consequências das travessuras.
Converse com seus filhos sobre
- O que é certo ou errado ao lidar com objetos que não são seus.
- Como lidar com a frustração quando algo não é exatamente como esperávamos (como acontece com os ratinhos ao descobrirem que a comida é falsa).
- Por que é importante reparar erros e se desculpar quando fazemos algo de errado.
- Como a curiosidade pode ser positiva, desde que não prejudique outras pessoas ou propriedades.
- O valor de pensar antes de agir, evitando atitudes impulsivas.
Atividades para explorar
- Criar uma casinha de brinquedo com materiais recicláveis, decorando e usando a imaginação para montar os móveis.
- Fazer um teatrinho de fantoches, representando as cenas da história e trabalhando a expressão corporal e a fala.
- Desenhar e pintar os personagens Tim Mindinho e Unca Munca, inventando diferentes roupas ou cenários para eles.
- Organizar um jogo de faz de conta, no qual as crianças podem encenar e depois discutir como consertar algo que tenha sido “quebrado” na brincadeira.
- Elaborar um mural de “consequências e soluções”, no qual as crianças anotam ou desenham problemas (travessuras) e ideias de como repará-los.
- Criar uma “moeda de desculpas” simbólica, incentivando as crianças a pensar em atitudes para se redimir quando cometerem algum erro.